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CADERNOS DE VIAGEM

EUROPA - Espanha - Castilha-León

Salamanca e Alba de Tormes

Salamanca

catedral de Salamanca

Em Salamanca fica uma das mais velhas universidades do mundo. Nesse dia estava quase tudo fechado e pouco pudemos ver. A universidade se distribui em prédios enormes, de arquitetura românica. Um dos edifícios que visitamos tinha m enorme pátio interno.

Universidade de Salamanca fachada da Universidade

 

detalhe da parede da Casa das ConchasCasa das ConchasA Casa das Conchas está onde hoje fica o correio local. É um edifício cúbico m cuja fronte estão esculpidas em alto relevo linhas horizontais e verticais de conchas.

 

Perto do rio Duero fica o que restou das muralhas da cidade. Também lá fica a Escola de Art Noveaux, um edifício semi-suspenso na encosta da muralha, com enormes vitrais em sua fachada.

Sobre o rio passam pontes modernas e uma ponte romana (não muito bem conservada, por sinal)

catedral de SalamancaTambém enorme é a Catedral local. Seus muros são salpicados por pedacinhos de hulha.

Em Salamanca, ao contrário das demais cidades, a Catedral Nova engloba a Catedral Velha, ao invés de substituí-la. Na Catedral Velha estão enterrados personagens importantes da história local: Fernando Alonso (fal. em 1279, filho natural de Alfonso IX), D. Sancho de Castilha (1423-1446), D. Gonzalo de Vivero (1447-1482), o arcediago de Toro Diego Arias Maldonado (fal. em 1360) e bispos de Salamanca. Nas paredes da Catedral Velha há descrições de milagres acontecidos. Há várias capelas no claustro, tais como a de Talavera (de onde era natural seu fundador Rodrigo Arias Maldonado, catedrático da universidade entre os séculos XV e XVII. Nessa capela , nos dias indicados na parede, são celebradas missas no rito moçárabe.

Na Capela de Santa Bárbara eram realizadas as solenidades de posse do novo reitor e a colação de grau de licenciado. Nela está sepultado o bispo Juan Lucero.

Na Capela de Santa Catalina foram celebrados os concílios compostelanos e era a biblioteca do cabildo.

A Capela Arraya foi concedida a D. Diego de Arraya e Maldonado, arcebispo de Sevilha e antes bispo de Salamanca, para seu enterro. O bispo assistiu ao Concílio de Constanza (1414-1418), onde se discutiu o cisma do Ocidente. Nessa época três homens se diziam Papa. Com a eleição de Martinho IV em 1417 acabou-se a disputa.

Nessa capela estão sepultados alguns parentes do bispo, como D. Gutierre de Monroy e Constanza de Arraya.

Outras salas servem de museu, guardando vigas moçárabes, pinturas de Fernando Gallego e Pedro Bello, assim como órgãos antigos.

Os primeiros salamanquenses viviam em povoados nas margens do rio Tormes, que banha a cidade. Depois vieram os ligures, os celtas verracos e os iberos. Os celtiberos foram atacados por cartagineses e depois pelos romanos.

Os romanos tomaram a cidadela celtibérica e ali deixaram monumentos, ponte, muralhas e a estrada conhecida como Camino de la Plata.

Durante o reino visigodo, a cidade era conhecida como Salmantica. Na época em eu os árabes dominaram a península, Salamanca caia ora em mãos dos cristãos, ora em mãos dos mouros.

a Plaza Mayor

O repovoamento levado a cabo pelo conde Raimundo de Borgoña em 1102 trouxe para a cidade os castelhanos, que povoaram o norte do burgo, os tourenses (leste da cidade), os portugueses e galegos (bairros centrais), os moçárabes e judeus (zona meridional). Essa diversidade provocou diversos conflitos étnicos, apontados como o motivo para a queda da cidade em 1137 para os árabes. A cidade foi retomada, mas em 1140 os portugueses ali fizeram seu quartel-general na guerra dinástica contra a Espanha.

No século XIV as famílias da cidade lutavam abertamente entre si. Um desses confrontos ocorreu no Corrillo de la Hierba, entre os bandos de São Tomé e São Benito, e acabou em sangue.

Os deputados da cidade negaram ao rei Carlos V o subsídio que o monarca pediu em 1516 para dominar a situação dos Países Baixos. Essa decisão custou o desterro dos deputados e a privação de votos da comunidade nas Cortes.

A Plaza Mayor de Salamanca é grande, quase igual à de Madri. Ali vimos a chegada de um bando de jovens americanos, que falavam e falavam, não prestando atenção ao local.


Alba de Tormes

parte da cidade velha
rio Alba de Tormes
vistas de Alba de Tormes

Próximo a Salamanca fica o vilarejo de Alba de Tormes, também às margens do rio Duero.

Ali se encontra o santuário de Santa Teresa, pois ali ela adoeceu e morreu: na igreja fechados por portinholas de aço que são abertas pelo sacristão, estão as relíquias as santa. À esquerda do altar está seu coração. À direita parte do seu braço.

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