De avião fomos para Atlanta, Georgia. O hotel era modesto e ficava no centro. Como tem preto. As ruas são congestionadas por carros dirigidos por crioulos ouvindo "rap" no último volume.
Em Atlanta o calor é tropical no verão. A quantidade de negros também daria um ar brasileiro à cidade, não fossem eles muito grandes e gordos. Porém, ao contrário dos crioulos de Nova York e de Washington, os de Atlanta são bem mais simpáticos.
Visitamos o State Capitol, prédio com uma cúpula dourada, encimada por uma figura humana, sede do governo do Estado.
O centro da cidade é cheio de edifícios modernos, mas há muitas obras e isso enfeia a cidade. O mais moderno edifício é o do High Art Museum(?) todo cheio de encaixes, em vidro e alumínio.
Da CNN Tower pode-se ver a cidade toda, pois a torre é cilíndrica. No piso abaixo do observatório há um restaurante de luxo, cujo piso gira lentamente, permitindo aos comensais ver a cidade toda sem sair de sua mesa. Muito interessante.
Estivemos no Martin Luther King Historic District, onde ele e os "bros" moravam e onde fica a igreja onde ele pregava (a Ebenezer Baptist Church) e ali ele está enterrado, num mausoléu no meio de um espelho d'água. É interessante ver que a maioria dos peregrinos é negro. Como se fosse o santuário da raça. Ao lado, o Visitor Center mostra as efemérides da luta dos pretos pelos direitos civis e, lado a lado, a biografia do pastor.
Sem saber onde ele estava enterrado, caminhamos para o cemitério de Oakland. Lá está enterrada Margareth Mitchell, autora de "Gone with the wind" ("E o vento levou").
Para achar o túmulo do Martin Luther tivemos de perguntar a duas pessoas. A primeira foi uma bicha gorda, simpaticíssima. Ele não acreditou que tínhamos andado da downtown até ali. Essa gente não anda a pé! O outro foi um crioulo, tipo Pai Tomás, que estava sentado em sua varanda. Seu sotaque carregado, mais tradicional, era diferente do falar cantado dos crioulos mais novos.
Comprando disco, o dono da loja tinha vivido no Rio entre 1962 e 1965 e falava um pouco de português. De igual modo, o carregador que levou nossa mala no aeroporto disse ter estado algumas vezes no Rio (onde tem muitos amigos), em Salvador e em São Paulo. Disse que pretende voltar lá nas férias.
Vimos a sede da Coca-Cola por fora. Ali também começa (ou acaba) o Atlanta Underground , uma mistura de lojas, restaurantes e barraquinhas de artesanatos e assemelhados abaixo do nível da rua. Estivemos ali numa noite e ali almoçamos no dia seguinte. Não é a oitava maravilha do mundo, mas deve ser visitado quando se está em Atlanta.
Segue Nova Orleans
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