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CADERNOS DE VIAGEM

AMÉRICA DO NORTE - Estados Unidos - Novo México

Clayton

Uma das vilas tinha um nome bem indígena: Satanta. Paramos para dormir em Boise City, Oklahoma.

Em poucas horas chegamos ao Novo México. Parece que a divisa do estado foi demarcada da seguinte forma: "aqui é prado, é Oklahoma. Ali é deserto, é Novo México".

A terceira avançada no relógio, pois atravessamos mais uma das quatro zonas horárias dos Estados Unidos.

Perto de Clayton, NM, vimos a primeira montanha da região: a Rabbit Ear. A propósito, também a primeira igreja em estilo espanhol (a de San Gabriel), que tão comum seria dali em diante.

O panorama mudou completamente. A estrada não tinha mais acostamento, parecia o interior de Goiás.

Alguns quilômetros além e veio um belvedere de onde se podia ver as Montanhas Rochosas pela primeira vez nesse trajeto. Bem ao fundo, com cumes cobertos de neve.

Uma placa à beira da estrada informa que ali nas vizinhanças uma caravana de um mercador de Santa Fé, de nome J. W. White, foi atacada em 1849 e que Kit Carson (o batedor índio) participou da equipe que foi resgatar a mulher e a filha do mercador.

Paramos num posto de gasolina (quase todos self-service e muitos no sistema pre-paid, isto é, pague-pegue). Foi quando fomos apresentados ao vento que nos seguia desde Kansas City, um vento quente e muito forte que parecia vir do inferno e nos iria acompanhar até a Califórnia.

No Novo México o vento amainou e as árvores quase que sumiram. A paisagem desse canto de Terra é terra, cascalho, pedras e pitadas de sarças (entre as quais os famosos tumbleweeds, moitas redondas que rolam ao vento nas cidades-fantasmas dos filmes de faroeste).Muita erosão e chão brancos ou amarelos muito claros.

As estradas grandes são realmente tapetes, já as pequenas muitas vezes sequer têm acostamento.

Além disso, há esquinas sem semáforos ou indicações de via preferencial, de modo que você tem de ficar negociando quem vai passar primeiro, quem vem depois etc. Parece que há uma convenção de que cada vez pertence a uma esquina (não sei se no sentido horário ou anti-horário).

Até agora o único traço de cowboys no Novo México e Arizona são os rastros da Santa Fe Trail (que, aliás, não é propriamente de vaqueiros, mas de pioneiros). De resto é índio ao vivo de tudo quanto é lado. Curiosamente não há muitos mexicanos. Todavia, como têm aparência semelhante, por duas ou três vezes me dirigi a eles em espanhol. É óbvio que ficaram me olhando com cara de idiotas. Não são aqueles índios com cocares longos e coloridos (cherokees, sioux ...), mas lembram muito os astecas, só com uma faixa na cabeça (navajos, apaches, hopis ...)

Passamos pela cidade de Las Vegas (não confundir com capital do jogo, que tem o mesmo nome, mas fica no estado de Nevada). No Las Vegas do Novo México Doc Holliday tinha consultório dentário, antes de mudar-se para Tombstone.

Segue Santa Fé ...

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Criado e administrado por Marco Polo T. Dutra P. Silva

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