Lyon. Nela desembarcamos na Praça Bellecourt. Nunca havia visto uma praça tão grande.
O centro da cidade fica num istmo entre os rios Saône e Rhône, dois rios muito largos.
Fomos às margens de cada um deles. Em cada um, as margens abrigam edifícios longos, aparentando prédios públicos ou universidades.
Às margens do Saône visitamos a catedral de São João Batista. Ela hospeda um relógio centenário, com calendário até _____. E toca música, talvez com sinos. Mas ele estava em reforma, assim como a nave central. Ou seja, pouco pudemos ver.
Essa catedral abrigou dois concílios. No primeiro, de junho a julho de 1245, sob o Papa Inocêncio IV
No segundo, de maio a julho de 1274, o Papa Gregório X, tenta reunir as igrejas latinas e gregas.
Almoçamos num bouchon, nome local dos pequenos restaurantes e andamos pelas ruas medievais.
Nelas, procuramos os traboulles, passagens pelo interior dos edifícios, ligando as ruas. Mas os que identificamos já estão hoje fechados, apropriados por residências privadas.
Subimos ao enorme Museu da Civilização Galo-Romana, um museu em 4 ou 5 andares repletos de peças deixadas por essa civilização. É o maior conjunto de peças epigráficas bem conservadas que conheço. Com áudio-guia se pode apreciar cada sala.
De destaque, o fragmento de um enorme calendário celta, em bronze. Com os nomes dos meses (de 30 dias) e dias, com pequenos orifícios ao lado do nome de cada dia. Acredita-se que no orifício fosse introduzida uma pequena peça de madeira como se fosse uma agenda. E que o calendário marcava as datas de cultos. Como ele não está inteiro, não se sabe como eles resolviam as frações de dias acumuladas pelos meses lunares.
Outra peça interessante é uma peça em cobre, com a transcrição de um discurso do imperador Claudiano sobre Lugdunum (Lyon). Ao vivo, uma gravação lê parte do discurso, em latim.
Uma das lápides é particular. Nela se conta sobre um cidadão que escapou nu de um incêndio, mas que morreu esmagado pela queda de uma parede. Um jogo de luz reescreve a lápide em latim e depois em francês, enquanto o narrador simula uma declaração do defunto sobre sua morte.
É de se ressaltar que, apesar das centenas de peças expostas, pode-se ver no porão um espaço enorme repleto de peças ainda por estudar.
Ao lado do museu, as ruínas do anfiteatro. Mas um palco foi montado no local do palco original e um grupo ensaiava uma peça musical, escondido por cortinas. Assim, novamente o anfiteatro resultou feio, sem mostrar suas reais dimensões.
Demos uma rápida passada pela igreja de N. Sra. do Fourvrière, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade.
A igreja é encimada por uma imagem dourada de Maria. Seu interior é moderno e lindo pelas cores.
Para encerrar, fomos a um bairro empresarial e ao parque ali existente, para ver a confluência dos dois rios. Um enorme barco turístico desce o Rhône e sobe pelo Saône.
Nesse sítio há um museu de arquitetura futurista: O Musée des Confluence. Já era tarde e não pudemos ver o que há nele, mas sabemos que é um centro de ciência e história.
Segue para Dijon ...
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