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CADERNOS DE VIAGEM

EUROPA - França - Île de France

PARIS

Chegamos a Paris no dia 7 de maio após um vôo tranquilo, mas com turbulências o tempo todo. O hotel não é um palácio, mas é bom e perto da estação do metrô.

No dia seguinte fomos ver a torre Eiffel por fora. No caminho fomos parados por duas garotas com uma petição para ajuda a surdos-mudos. A que falou comigo pedia apenas a assinatura. A que abordou a Mithiko tinha uma lista com valores. De repente surge um policial de bicicleta. Me perguntou se eu tinha dado algum dinheiro a elas. Respondi que não. Ele pulou como um leão para uma das moças e arrancou a petição dela. A outra fugiu. Pouco mais tarde vimos a moça aplicando o mesmo golpe adiante.

Perto da torre, dezenas de negros altos, falando línguas com sons estranhos para nós, certamente africanos, vendiam réplicas da torre e outras quinquilharias aos turistas.

Dali fomos à catedral de Notre Dame. Defronte a ela, um espaço grande, coberto por lona, que abrigava uma feira de pães.

Para entrar na catedral, uma fila imensa, mas rápida. Logo entramos.

O interior é deslumbrante. Muito maior que o exterior faz prever.

Um templo em estilo gótico, muito longo. Ninguém muito importante está ali enterrado, mas há muitos quadros em óleo.

Na ocasião estava ocorrendo uma primeira comunhão coletiva, de centenas de jovens, oficiada pelo próprio bispo.

Saímos da catedral para a Cripta Arqueológica, pouco à frente da entrada da catedral. Nela são mostradas as fundações das edificações construídas pelos primeiros habitantes de Paris.

Paramos para o almoço e um vinho, ali mesmo nas redondezas da catedral. Em seguida fomos fazer a digestão caminhando pelas margens do Sena. Passamos sob a Pont des Arts, onde os casais de namorados vão prender um cadeado para selar sua união.

Fomos até a ponte do Boulevard Henri IV, na extremidade da Île de Saint Louis, e dali para a Bastilha. A praça está lá, mas da fortaleza só sobrou um memorial verde e alto.

Pegamos o metrô para ir ver a ponte Alexandre III, considerada a mais bonita de Paris. Vimos de longe o Arco do Triunfo e de perto o Grand Palais e o Petit Palais, edificações enormes, bem ao gosto da majestosidade dos governantes reais e imperiais. Abrigam centros culturais.

A ponte é realmente linda, com figuras mitológicas em bronze em seu percurso, lâmpadas imitando os antigos lampiões de gás das ruas e torres com cimos dourados.

Descansamos e tomamos sol às margens do rio, perto da ponte.

Dali fomos conhecer a Praça da Concórdia, um espaço imenso diante do Jardim do Louvre. Figuras greco-romanas em sua volta e dois chafarizes grandes dentro dela.

Dali divisamos uma construção em forma de templo greco-romano e fomos vê-la. Era a igreja de Santa Maria Madalena. Estava fechada.

Compramos alguns víveres e voltamos para casa. O sol estava se pondo, mas já era mais de 10 horas da noite.

O dia 10 foi todo dedicado a alugar carro e rumar para Caen, onde ficamos estabelecidos.

Dia 23. Voltamos a Paris e fomos levar o Paulo a seu hotel, perto do aeroporto de Orly. No dia seguinte, no fim da madrugada, embarcaria para o Brasil.

Foi um tal de devolver o carro (difícil achar onde) e voltar a Paris. Nada mais pôde ser visto nesse dia. Nosso hotel fica na Porta de Montmartre.

Domingo, dia 24. Saímos para uma volta a pé. Chegamos ao famoso Moulin Rouge, que criou o cã-cã para o mundo. Era manhã e já havia fila para o espetáculo, que só ocorreria à noite.

Dali fomos ao cemitério do bairro. Visitamos alguns túmulos de gente famosa: o físico Ampère, o maestro Berlioz, o escritor Alexandre Dumas Filho, do dançarino Nijisnky e do pintor Degas.

Subimos o monte Martre para a basílica do Sacré Coeur. Almoçamos num restaurantezinho, atendidos por uma garçonete italiana de Nápoles. Mas ela estava tão atarefada que mal respondia a nossas perguntas. No balcão, um mulato simpático de cabelo rastafári que conversava com todos e ia de mesa em mesa para saber se estava tudo bem. Ele administrava o som local. Pôs diversos sambas e se remexia. Na saída me apresentei como brasileiro e ele revelou que o pai dele também é brasileiro, de São Paulo. Mas disse que só falava um pouco de português.

No topo do monte, pegamos uma ruela que nos levou à praça Dalida, ou Iolanda Christina Gigliotti, uma cantora de origem italiana, nascida no Egito. Famosa nos anos 60 e 70, ela teve uma vida atribulada e acabou se suicidando com barbitúricos.

Da praça sai uma ruela cheia de cafés e pequenos restaurantes. Chega até a praça do Tertre, que estava lotada de gente, como a rua 25 de Março em São Paulo perto do Natal.

Numa das extremidades, a igreja original do morro: de São Pedro, de 1147, ano em que o Papa Eugênio II a consagrou. Ali está sepultada Adelaide de Savóia, rainha da França, esposa de Carlos, o Gordo. Morreu em 1154.

Ao fundo da igreja um cemitério dito merovíngio e o mais antigo de Paris, o Cimitière du Calvaire.

Fomos para o Sacré Coeur. Um mundo de gente. Dali, Paris se estende a seus pés! Uma vista panorâmica da Cidade Luz.

A igreja é enorme, mas despojada das pinturas e outras obras de arte usuais nas igrejas. Talvez por ser um edifício já do século XIX.

Descemos pelas escadarias da Place Louise Michel, que é ladeada por um funicular que leva à basílica, e tomamos uma pequena ruela apinhada de gente. Dali, o Boulevard de Rochechouart até a Praça Pigalle e dali de volta ao hotel.

Aproveitamos a noite para lavar roupas numa lavanderia. Ninguém para nos orientar, perdemos 3,50 euros na primeira tentativa. Depois acertamos. Veio uma senhora nos perguntar como funcionava. Papo vai, papo vem, era uruguaia. Aí as instruções ficaram mais fáceis, em espanhol.

Dia 25. Dia de Louvre. Fomos a pé para o museu. Como tínhamos o passe, não precisamos pegar as longas filas da bilheteria.

Percorremos as salas de pinturas italianas e espanholas. São quadros e mais quadros. Como são os mestres, cada qual é mais bonito que o outro. Uns destacam pelas sutilezas das cores, outros pelo jogo entre claro e escuro, alguns pelo volume dos elementos e a tridimensionalidade que a perspectiva propicia.

De todas as peças, a que mais me impressionou foi a Pandaemonium.

Dia 26, Louvre fechado por ser terça-feira.

Saímos para passear. Logo na catraca do metrô, senti um puxão, como se o bolso tivesse enganchado na catraca. Pus a mão no bolso, e nada do celular. Virei uma fera para o cara atrás de mim e aos brados, em bom português comecei a gritar com ele: "pode devolver esta merda". "Eu vou descer a porrada". Ele assustado mostrou as mãos vazias. Virei para o que estava atrás dele, armei um soco e insisti: "Me dá esta merda aqui!" Ele meteu a mão numa sacola que trazia à cintura e me devolveu o aparelho. E saíram rapidinhos do pedaço. Mas aí fui eu quem ficou preso entre a catraca e a porta automática. Uma senhora viu que eu estava preso e passou o passe dela, para abrir a porta. Agradeci e falei dos batedores, ela fez uma expressão de sentimento.

Fomos à Sainte Chapelle, dentro do Palais de Justice. Ela foi inicialmente ereta por São Luís IX para abrigar relíquias de Cristo. Uma delas, a Coroa de Espinhos, que foi comprada por uma soma que superou o custo de construção do edifício.

Primeiro entramos numa fila em que ninguém parecia chinês e nem portavam máquinas fotográficas. Um senhor percebendo a rata avisou que a fila para a capela saía do outro lado e que aquela é para atendimento pela justiça.

Fomos para a fila correta. À frente de nós duas japonesas. Uma era linda, com pele aveludada e vestida com elegância. Mas os dentes eram tortos e manchados. Estava quase merecendo um 10.

A entrada é pela capela inferior, destinada aos menos titulados. Linda, cercada de vitrais com cenas da Bíblia. Ao fundo, um pequeno altar.

Por uma escadinha lateral, vai-se à capela real. Um desbunde! Altíssimos vitrais contam a vida de Cristo. Em dias de sol, aquilo deve parecer uma reprodução do Céu na Terra. O altar é rico, dourado. A rosácea versa sobre o Juízo Final. É enorme que só vendo.

Saímos para uma atração ao lado: a Conciergerie. Ela foi por algum tempo sede do concelho e da administração dos reis capetianos. Felipe IV, o Belo, o transformou num renomado símbolo da monarquia. No final do século XIX, palácio da justiça e prisão. Mais tarde foi sede do Tribunal Revolucionário e continuou como prisão. Ali ficou presa Maria Antonieta, antes de sua execução. Também foram "hóspedes" os cabeças da Revolução Robespierre e Danton, entre muitos outros. Foram cerca de 2.700 presos pelo regime do Terror executados pela guilhotina.

Sua Sala das Armas é a mais ampla de toda a Europa. Numa das colunas há u'a marca de onde a água atingiu em 1909, numa inundação do Sena. Ali a monarquia capetíngia dava seus bailes.

A Santa Capela e a Concergerie são os dois únicos sobreviventes do antigo palácio real dos primeiros reis da França.

Dali seguimos para o Panteão, que estava fechado, preparando uma cerimônia para o dia seguinte.

Dia 27 de maio.

Voltamos ao Louvre. Mithiko para as pinturas do norte da Europa. Eu fui para as peças da Mesopotâmia Antiga. Fantástico! Milhares de peças de mobiliários, vestimentas, lazer, adoração, escritas hieroglíficas a granel, assim como demóticas e hierática no Egito, nabateana na Jordânia, catabânite no Iémen, sabeana na Arábia do Sul, e cuneiforme no Crescente Fértil.

Milhares de deuses e estátuas votivas. Os grandes leões alados ou não da Assíria. O enormes túmulos fenícios ...

Terminada a visita, fomos almoçar no restaurante do museu. Quem nos atendeu foi um garçom cheio de graça. Quando a Mithiko pediu "plat du jour", ele fingiu entender "bras du jour". Depois, eu pedi um "pot au feu traditionel". Foi a gota d'água. Ele disse na lata que eu era brasileiro e que falava cantando, no que ele dançava. E mais, chamou toda a tropa que trabalhava ali, até a cozinheira para ouvir meu sotaque. Me pediu para repetir o pedido e quando o fiz, o pessoal caiu na risada. Ele disse que eu falo cantando "traditionéeeeel" e ele fica dançando. Depois começou a me imitar com caféeee, adittiooooon ...

Um outro garçom quando passava por mim, vinha com "tudo bem?", "bom dia", "obrigado"  ...

Ao lado de nossa mesa, um casal canadense. Depois conversamos com eles e eu soube que eram de Montreal. Eles falavam francês e estavam entendendo a sacanagem. Riam à beça.

Estivemos uma primeira vez no Panteon, mas ele estava fechado para uma cerimônia que haveria no dia seguinte. Para não perder viagem, fomos ver o Jardin du Luxembourg. Um enorme parque que abriga tanto o Museu quanto o Palácio de Luxemburgo e o Museu Mineralógico. São enormes edifícios em estilo clássico, suponho. Como o Museu do Ipiranga ou a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Os jardins imensos e bem cuidados são circundados por estátuas de ninfas, rainhas e santas francesas. Também algumas fontes, como a Fontaine Medicis, onde as águas saem de figuras mitológicas de bronze, num retábulo decorado com as armas da França e dos Médicis.

Saímos para uma cerimônia histórica: quatro heróis da Resistência iriam ser transferidos para o Panteon. As calçadas da rua que vai ao monumento já estavam apinhadas de gente.

A cerimônia começou às 5 horas, quando o Presidente Hollande chegou. Os caixões foram levados em cortejo pela rua até o Panteon.

Nas calçadas pessoas queriam subir a rua e outras descê-la. Mas um paredão humano impedia todo movimento.

O Presidente discursou por quase uma hora. Depois acompanhou os caixões até dentro do monumento e saiu cerca de meia hora depois. Veio cumprimentando as pessoas. Quando chegou perto da gente, só cumprimentava o povo na calçada da direita. Aí uns gaiatos começavam a chamá-lo "François, venha para a esquerda". E rachavam de rir da tirada política.

Esperamos o Panteon reabrir visitando a igreja de Saint Etienne au Mont. Um coral ensaiava cantos. A voz deles era angelical: limpa, clara, segura e potente.

A igreja tem uma pequena passarela sobre o coro, em mármore, toda gravada com imagens. Próximo ao ábside fica o caixão cuja tampa pertenceu à tumba de Sainte Geneviève, padroeira de Paris. Também ali está sepultado Blaise Pascal, físico, matemático (criador do célebre triângulo de Pascal), filósofo moralista e teólogo.

Voltamos ao Panteon, mas só era visitável a área central, onde estavam os corpos dos Resistentes.

No dia seguinte, nova tentativa ao Panteon. Novamente fechado. Iria abrir às 2 e meia da tarde. Por isso, decidimos ir conhecer o Museu da Idade Média, na abadia de Cluny.

Começamos a visita por uma exposição de trabalhos em madeira de artesãos suevos do século XVI. Esses artesãos tiveram a produção encerrada quando o calvinismo tomou contra da Suíça e baixa Alemanha.

São peças feitas muito caprichosamente, expressivas e profusas.

Segue-se para uma sala com báculos e caixas de madeira que parecem feitas de madrepérola. Passando por pesados e enormes tampas funerárias de bispos locais, chega-se ao que parece ser uma capela, bastante desprovida, com paredes bem deterioradas.

Seguem-se as estátuas em mármore. E sobe-se para a sala da Dama e o Unicórnio. São cinco tapetes referindo-se aos órgãos dos sentidos e um outro chamado Ao Meu Único Desejo (A Mon Seul Désir)

Depois vamos a salas com genuflexórios de coro e a sala em que uma série de tapetes nas paredes contam a história de Santo Estêvão, do diaconato a seu sepultamento junto a São Lourenço.

Uma última sala guarda armas e escudos medievais.

Dali almoçamos e, finalmente, pudemos  visitar o Panteon. Como esperado, um salão enorme com estátuas grandes e alguns túmulos. Na cripta, corredores passam pelas salas fechadas, mas com janelinhas, onde descansam os heróis da pátria, geralmente 6 a 8 por sala. Cartazes contam um pouco da vida de cada um junto aos jazigos.

A velha encrenqueira. Acho que a única representante do parisiense mal-humorado e carrancudo foi uma senhora que vimos no Panteão. Estávamos andando rumo a umas tumbas de filósofos, quando o caminho bifurcou. Paramos de imediato para estudar por onde ir. Não é que a senhora reclamou que paramos? Fingi que não entendia francês para não iniciar uma discussão, mas ela insistiu. Dirigiu-me em inglês para dizer que não se podia parar, que a gente deveria sempre prosseguir. Aí não deu para segurar e eu respondi em francês, para não restar qualquer dúvida: "os seres humanos andam, param, admiram as coisas, erram, avaliam ... Só os animais marcham sem cessar. A senhora pode escolher se quer se comportar como humano ou animal". Ela tentou responder, mas nós pegamos um dos corredores e a multidão a levou pelo outro. Na saída lá estava ela, paradinha, esperando alguém.

Na saída do monumento, ainda passamos pela igreja de São Severino. Um templo pesado e pouco iluminado.

No último dia desta estadia, saímos à noite para ver a iluminação da cidade-luz. Os monumentos são iluminados, mas havia muito pouca gente nas ruas, devido ao frio.

Jantamos atendidos por um garçom chileno e voltamos ao hotel.

Depois de um tour de France, retornamos a Paris. Dia 5 chegamos a Paris. Despejamos as bagagens no hotel, a uns 15 minutos das Galerias Lafayette e fomos devolver o carro. Que alívio! Nada mais de risco, nada mais de pedágio, nada mais de encher o tanque.

Foram cerca de 11 mil quilômetros em torno da França.

Paris foi basicamente o estágio de compras finais e preparação da viagem de volta.

Mas para fugir ao tédio, pois eu quase não tinha compras a fazer, fui com a Mithiko para conhecer as Galleries Lafayette. Um dos prédios é maravilhoso. Um mundaréu de lojas de perfumes no térreo enchem o ar de flagrâncias deliciosas. O prédio é de cinco andares, cada um deles em estilo clássico. A abóboda toda de vitrais, sustentado por arcos também policrômicos.

Deixei a Mithiko nas compras e fui conhecer a igreja da Trindade, o Casino de Paris e a Gare de Saint Lazare. Ali fiquei cerca de uma hora vendo trens chegarem e partirem.

No dia seguinte, novamente a Mithiko foi às compras e eu fui conhecer o Cemitério de Père Lachaise. Ali, pensei em ver um túmulo ou outro, mas um dos coveiros fez questão de me mostrar as tumbas de:

 

Nome

Ocupação

Divisão

Sepultura

Notas

Honoré de Balzac (1799-1850)

escritor

48

97

 

Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais (1732-1799)

dramaturgo

 

 

criador do personagem Fígaro

Vincenzo Bellini (1801-1835)

compositor

 

 

seus ossos retornaram à Catânia

Georges Bizet
(1838-1875)

compositor

68

101

 

Maria Callas (1923-1977)

cantora lírica

 

 

 

Frédéric Chopin (1810-1849)

compositor

11

20

 

Auguste Comte (1798-1857)

filósofo

17

38

 

Henri-Benjamin Constant de Rebecque (1767-1830)

Pensador, escritor e político

29

43

 

Isadora Duncan (1877-1927)

dançarina

 

 

 

Louis-Joseph Gay-Lussac (1778-1850)

físico e químico

26

59

 

Heloïse de Arguenteuil (1090-1164)

abadessa e escritora

7

27

enterrada junto a Pedro Abelardo (1079-1142), filósofo, teólogo e lógico

Alan Kardec (1804-1869)

educador e autor

44

92

seu nome real era Hippolyte Léon Denizard Rivail. Criador do Espiritismo.

Gabriel Delanne (1857-1926)

engenheiro

44

92

discípulo de Allan Kardec

Molière

dramaturgo

25

58

O nome real dele é Jean-Baptiste Poquelin.
Está no mesmo cercado em que se encontra La Fontaine

Jean de La Fontaine (1621-1695)

escritor

25

58

 

Edith Piaf (1915-1963)

cantora

97

71

que dizem tinha metro e meio de altura e Piaf era apelido pela voz dela. Junto está um filho bastardo e alguns de seus 6 maridos

Oscar Wilde (1854-1900)

escritor

89

83

seu túmulo é cercado por vidros, onde homossexuais de batom deixam um beijo. Uma inglesa que via o túmulo pensava que eram beijos de admiradoras

Gioachino Rossini 1792-1868)

compositor

 

 

cujo corpo foi para a Itália

Yves Montand (1921-1971)

atore cantor

 

 

sepultado junto a Simone Signoret (nascida Simone Kaminer, 1921-1985), sua amante

Maurice Merleau-Ponty (1908-1961)

filósofo

 

 

 

Marcel Marceau (1923-2007)

mímico

 

 

seu nome real era Marcel Mangel

Gaspard Monge (1746-1818)

matemático

18

33

 

Valentin Louis Georges Eugène Marcel Proust (1871-1922)

escritor

85

90

 

 

 

Eu me recusei a ver o túmulo do cantor Jim Morrisson, que não considero alguém tão importante, a despeito de ser um dos mais visitados por seus fãs.

No final deixei uma gorjeta por sugestão dele. Quando falei que não sabia como agradecê-lo, ele respondeu: "avec un petit argent". Eu não levava muito dinheiro e dei uns 3 ou 4 euros que tinha. Ele, desolado: "trop petit!" .  hihihihi.

Já no dia anterior ao retorno ao Brasil, fomos comer uma pizza num restaurante próximo ao hotel. A atendente, uma mocinha muito simpática, nos atendeu com muita gentileza e vez por outra trocava um dedinho de prosa e alguns sorrisos conosco. Ao encerrar a refeição, pedi a conta e lá foi ela ao balcão. A conta era um pedaço de papel com os itens e os valores manuscritos, que ela nos trouxe. E ficou ao meu lado, com cara de gozadora. Por fim, perguntou se eu a tinha lido. Fi-lo com mais atenção. E não é que a danadinha escreveu em português uma mensagem para nós?

Segue para Versailles ...

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Criado e administrado por Marco Polo T. Dutra P. Silva

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