Em Hastings, como em toda a costa sul, o paredão de pedra branca acompanha o mar, tendo a seus pés as praias de pedras redondas. O pier, outra coisa que se acha em tudo quanto é praia, avança praia adentro e de lá a vista é um primor.
Em Hastings a praia tem o nome de Cooden. Ela não tem ondas e é de água fria, mas não gelada. A cidade tem uma avenida beira-mar, onde foi plantada a maioria dos hotéis. Raras construções excedem os clássicos três andares. Embora a maioria das casas seja arrumadinha por dentro, inúmeras apresentam defeitos no exterior (rachaduras, manchas etc.).
O castelo de Hastings
A região também gira em torno de um castelo no topo do morro e em torno da vila de Battle, onde ocorreu a batalha em que os normandos da França tomaram a Inglaterra em 1066. O Castelo de Hastings foi construído para comemorar a tomada da ilha pelos franceses e, óbvio, para proteger a praia contra novos invasores.
.Como boa parte do sul da Inglaterra termina nos paredões brancos, onde é impossível o desembarque. Os fortes ingleses são construídos, pois, para guardar as pouco freqüentes praias. Parte do muro do castelo desmoronou quando uma ressaca do mar corroeu o paredão. A vista dali é um espetáculo.
Nele se vêem as ruínas do que um dia foi a igreja do castelo.
Uma apresentação conta, mostrando pinturas em tapeçaria (Tapeçaria de Bayeux), como foi a batalha de Hastings.
Do castelo se vê ao longe um bondinho que sobe e desce o morro. Há dois bondinhos que sobem as colinas de Hastings. Um deles, a West Hill Cliff Railway, construído em 1890, parte da George St., na Cidade Velha, e sobe por um túnel recoberto de tijolos e por uma caverna natural até o castelo de Hastings e a Smuggler's Adventure. Outro, de 1902, o East Hill Cliff Railway, é o de maior declive em toda a Grã-Bretanha. Parte de Rock-a-Nore e sobe ao Country Park. A vista nele é soberba! Custa 70 p (adulto) e 40 p (crianças e idosos).
Saindo do castelo para o alto se chega a um gramado imenso, em declive, onde o pessoal vai tomar sol, brincar de lançar disco ou levar o cachorro para passear. Dezenas de gaivotas ficam alçando vôo e grasnando.
Descendo a encosta se chega ao Covil dos Piratas, nas Cavernas de São Clemente, cuja entrada custa £ 4,30 por adulto e £ 2,70 por criança.
Em meados do século passado o contrabando atingiu níveis altíssimos nessa região, em decorrência dos preços melhores dos produtos do continente. Apesar da forte repressão, o contrabando floresceu e mais de 40 mil pessoas estavam envolvidas no métier. O covil é uma recriação nas cavernas onde eles viviam.
Entra-se nela por um caminho estreito, ladeado por imagens esculpidas nas paredes por um artista da época. No fundo, salões na caverna exibem fac-símiles de jornais de então, apetrechos dos contrabandistas etc. Outros salões, escuros, simulam cenas da época: bonecos estão como que dividindo o dinheiro numa gruta. Noutra, um "mula" chega com produtos. Uma terceira mostra os contrabandistas descansando e jogando cartas, ou um bote chegando com carga buscada de navio em alto-mar e assim por diante.
Os produtos eram escondidos dos mais engenhosos modos. Barris eram carregados presos à barriga por mulheres simulando gravidez, fundos falsos nas casas guardavam produtos contrabandeados. Coisas que conhecemos bem.
A Cidade Velha
Do Covil pode-se descer por ruas estreitas exclusivas de pedestres, em meio a casas simples e recobertas de flores.
Ao pé do morro fica a Cidade Velha. Nela fica a igreja de São Clemente, construída em 1380 e que permanece praticamente intacta desde então.
Nessa parte da cidade, na noite do dia 11 de outubro, sai uma procissão em que pessoas vestidas à normando carregam tochas em meio às ruas escuras, como parte das comemorações pela conquista de 1066.
Também na Cidade Velha há o museu Old Town Hall Museum of Local History. Ali se exibe a história local e traços biográficos das personalidades de importância da cidade, inclusive Logie Baird, inventor da televisão.
À beira-mar fica o Shipwreck Heritage Museum, o único da Inglaterra especializado em naufrágio de embarcações.
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