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CADERNOS DE VIAGEM

EUROPA - Irlanda

As Ilhas de Árran

Não dá para deixar de ir conhecer as Aran Islands (Oileáin Árann, pron. ô-lan áran)), um conjunto de três ilhas: a Inis Mór (Ilha Grande), a Inis Oírr (Ilha do Leste) e a Inis Meáin (Ilha do Meio).

Há um barco que pára nas ilhas do Leste e do Meio por cerca de 45 minutos. Só dá para conhecê-las se se ficar ao menos uma noite lá e pegar o barco do dia seguinte de volta.

Na Ilha do Leste, a menor de todas, estão as ruínas do Castelo de Ó Brien (Caisleán Uí Bhrian, pron. quéchi lían í vrían), palco de batalhas ferozes contra os Ó Flahertys. Dali os Ó Briens governavam Galway até serem derrotados pelos Ó Flahertys em 1585. O castelo fica no topo de uma colina.

Há também a igreja de Santa Gobnait (Cill Ghobnait), também conhecida como An Teampall Beag (a igreja pequena). De acordo com a lenda, Santa Gobnait veio de County Clare escapando de um inimigo. Passou algum tempo em Cliff of Moher e dali foi para a ilha. Tempos depois foi para Cork.

Naquele tempo a igreja era a Cill Ghrá an Domhain (Igreja do Amado do Mundo) e vários santos e bispos estão enterrados no vizinho cemitério.

Outra igreja na ilha é a de São Kieran (Teampall Chaomháin). Essa igreja parece estar afundando. Séculos de ferozes ventos atlânticos jogando areia na igreja sepultaram-na parcialmente. Nela está o sepulcro que dizem ser do santo. Acredita-se que ele seja irmão de São Kevin, de Glendalough.

Por fim, há a igreja das Sete Filhas (Cill na Seacht nInion).

Na ilha fica a praia an Trá, onde as águas límpidas acabam na areia em suaves ondas.

A segunda ilha é a do Meio. Ela é dominada por dois grandes fortes pré-históricos de pedra. Há na ilha ruínas de pequenas igrejas igualmente de pedra.

Os fortes são o Dún Chonchúir. De acordo com a lenda, seu nome é uma homenagem a Connor, originalmente chamado Conchruid MacUathmoir e que era da raça dos Firbolg e irmão de Aengus, o fundador do forte Dun Aengus da Ilha Grande (Inishmore).

O outro forte é o Dún na Fearbhaí, menor que o Chonchúir e às vezes chamado de Dun an Mhothair (Forte de Moor) por sua proximidade com o vilarejo desse nome (Baila an Mhothair). Perto desse forte está a igreja Cill Cheananoch.

Um túmulo velhíssimo existente na ilha é o Leaba na Cinn'eirge, um outeiro encimado por uma cruz. Outro nome para ele é Atharla na Cinn'eirge (túmulo de Cinn'eirge). Ela foi filha do rei de Leinster e irmã de Ceanainn.

Os outros templos da ilha são o Teampall Seacht MacRí (Igreja dos Sete Filhos do Rei) e o Teampall Mhuire (Templo de Maria), deste último resta apenas o local, sem nenhum traço de edificação.

Há outras atrações arqueológicas na ilha: alguns fortes, dólmens, etc.

Por fim, a Inis Mhór (Inishmore) ou Ilha Grande. Só se chega lá num barco que não carrega os carros.

O barco da Ó Brien Shipping leva uma hora e meia de travessia. O mar estava azul e o dia era tropical.

A ilha é pedra pura. Milhares de cercadinhos de pedra de 10x20 m2 cobrem a ilha. O porto de chegada fica numa enseada de águas cristalinas e areia solta, mas coberta por algas. Alguns aproveitam o bom tempo para entrar na água gelada. No porto centenas de caminhonetes e charretes disputam passageiros para "tour". Há bicicletas para alugar. Uma rua central cruza a ilha inteira.

Na ilha visitamos o Dun Aengus, uma fortaleza bem na beira de um penhasco de uns 200 metros de altura, em cuja base o mar bate com estrondo. Perigosíssimo, pois não há qualquer proteção. O jeito mais seguro de ver o mar é ir rastejando até a borda. Assim mesmo, é de dar tontura. No topo do penhasco, três cadeias de muros altíssimos de pedra cercam o forte, em forma de ferradura.

Por toda a costa se vê o mar verde batendo com estrondo nas pedras, formando colchas de espuma branca.

Adiante visitamos as Sete Igrejas (Na Seacht dTeampall), ruínas onde há um toco de High Cross e duas inscrições pré-normandas. Em uma está o nome do abade Tomás.

Há outras atrações, como a casa coberta de palha ("tatchered house") no extremo oposto da ilha.

Na vila principal de Inishmore ficam as ruínas de Cill Rónáin (igreja de São Ronan) e seu poço sagrado Tobar Rónáin (Poço de Ronan). Pouco adiante vem a Mainistir Chiaráin (Mosteiro de São Kieran), também conhecido por Mainistir Chonnacht (Mosteiro de Conaught), com algumas cruzes e lápides tumulares e um primevo relógio de sol.

Nas proximidades fica uma câmara mortuária pré-histórica.

A cerca de 2,5 quilômetros a oeste vem o vilarejo de Eochaill, com um pequeno forte circular de paredes de pedras (Dún Eochala) e a igreja de Soorney (Teampall Assurnaidhe).

Seguindo viagem se passa pela igreja dos Quatro Belos Santos (Teampall an Cheathrair Alainn), dedicada a Fursa, Conall, Bearchar e Breadán, onde quatro lajes marcam as tumbas dos santos.

Depois do Dun Aengus vem a vila de Kilmurvey e nele a igreja de São Murvey (Cill Mhuirbhigh). Em seguida o povoado chamado Eoghanacht, com um forte neolítico de mesmo nome, as Sete Igrejas e a Cill Charna.

Se partirmos da praia do porto para o leste encontraremos o povoado de Kileaney com sua igreja a São Einde (Cill Einne) e a São Benen (Teampall Bheanáin). Pertinho está o Caisléan Aircin, quase em frente à ilhota da Palha (Oiléan na Tuí). No extremo da ilha fica a Torre de Turmartin (Túr Mháirtín).

Escondido na beira do despenhadeiro está outro forte promontório: o Dún Dubh Chathair (Forte Negro, cujo nome em inglês é Doocaher).

Na ilha, a tão decantada língua irlandesa não é tão comum como se pensa. Também, na ilha só vivem 750 pessoas. Nela foi rodado o filme The Man of Aran, do diretor Robert Flaherty.

Segue para Clonmacnoise ...

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