O caminho de Alghero a Bosa é uma estrada sinuosa que acompanha os costões marinhos e que do outro lado é pressionado por altíssimas montanhas, cobertas por arbustos que exalam um olor adocicado como o mel e de pedras que parecem carcomidas por dentro. Esse cheiro adocicado nos acompanhou por todo o centro e o sul da ilha.
A Náutica di Bosa é o lugar em que o rio Temo, razoavelmente largo e calmo, entra no mar. Ali pernoitamos. Depois de acomodados no hotel, saímos para comer alguma coisa. Quase defronte à pousada, havia um bar, entramos e pedimos um sanduíche. Enquanto comíamos, vi uma garrafa de cachaça. Pedi ao atendente para vê-la. Ele não entendeu muito bem, mas me deu. O fulano me explicou que era uma bebida do Caribe. O sangue subiu. Expliquei que era brasileira, muito longe do Caribe. Ele surpreso perguntou o que se bebia no Caribe. Rum e tequilla, respondi. Mostrei o cê cedilha de informei que esse sinal não existia em espanhol. Em seguida ensinei a fazer uma caipirinha. "Caipirosca", disse ele. Mas eu emendei que caipirosca se fazia com vodca. Ele meio brincando perguntou: "o que o senhor é? Barman?"
Segue para Barumini ...
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