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CADERNOS DE VIAGEM

Europa - Itália

Siena

Fomos a Siena, passando por paisagens deslumbrantes, de colinas cobertas por vegetação rasteira amarronzada, oliveiras, vinhedos e ciprestes finos e alongados. Siena também fica em uma colina e de longe já se torna visível.

A Piazza del Campo, em forma de leque, é uma das maiores praças medievais da Europa, e fica no meio das 17 contrade (paróquias) da cidade. É considerada a praça mais linda da Itália. Sua construção foi iniciada depois de 1250. A parte central é dividida em nove setores, para lembrar a autoridade do Conselho dos Nove e as dobras protetoras da capa da Madonna.

A praça se tornou, desde então, cenário de touradas e do festival do Palio, que é a festa mais comemorada da Toscana. Ela acontece todos os anos em 2 de julho e 16 de agosto. Primeiramente era somente uma festa popular na metade do mês de agosto, mas depois da vitória militar de Siena sobre Florença, ela assumiu um significado político maior. Somente em 1656, foi reconhecida a instituição de um segundo Palio, o Palio delle Contrade, que ocorre em 2 de julho, em homenagem à Madonna di Provenzano.

A atração principal do Palio é a corrida em cavalos sem sela, com 17 jóqueis representando as 17 contrade. Os cavalos são escolhidos por sorteio e bentos na igreja. Antes das corridas ocorrem desfiles de trajes, bandeiras e altas apostas. As corridas duram apenas 90 segundos cada uma. O vencedor é premiado com um palio (bandeira) de seda.

Visitamos as contradas de Chiocciola (caramujo), Capitana dell' Onda e della Pantera. As ruas são decoradas com bandeirolas contendo os símbolos das contradas a que pertencem.

Durante a nossa estadia dois rapazes tocavam tambores em diferentes pontos da cidade, treinando para o festival que iria ocorrer alguns dias depois.

Na Piazza del Campo fica o Palazzo Pubblico, construído em 1297-1342, hoje sede da Prefeitura, a Torre del Mangia, de 1348, nome derivado de um dos primeiros tocadores de sino, cuja vida ociosa originou o apelido Mangiaguadagni (come lucros), ou simplesmente Mangia, e a cópia da Fonte Gaia, originalmente esculpida por Jacopo della Quercia.

O Duomo de Siena é magnífico por fora, principalmente na parte frontal. Abriga inúmeras esculturas, pinturas e obras de arte e seu belo piso de mármore decorado, contendo cenas das Histórias Bíblicas, Sibilas, Virtudes e Alegorias . Tanto na parte exterior como internamente as paredes e as colunas da Catedral são decoradas com faixas em listras pretas e brancas.

À esquerda da nave encontra-se a Libreria Piccolomini, construída pelo arcebispo Francesco Piccolomini Todeschini, posteriormente eleito Papa com o nome de Pio III. Ali estão os afrescos de Pintoricchio retratando a vida desse Papa, desde a vida diplomática até o pontificado, com a respectiva história contada em latim.

Sobre os arcos da Catedral encontram-se 171 bustos de Papas, feitos em estuque, desde São Pedro a Lúcio III, obra de Nicola Pisano.

Também visitamos a Igreja de San Domenico, onde se encontra a cabeça da padroeira de Siena, Santa Catarina de Siena (1347-1380), em um tabernáculo dourado no altar de uma capela dedicada a ela. A Igreja possui o único retrato de Santa Catarina considerado autêntico, pintado por Andrea Vanni.

A Casa di Santa Caterina, santa que influenciou o Papa Gregório XI a devolver a sede do papado a Roma em 1376, após exílio em Avignon, é cercada de claustros e capelas. Entre elas a Igreja da Crucifixação, que contem a pintura da Crucifixação do fim do séc. XII, em frente à qual a santa recebeu as stigmata (chagas nos pés e mãos, como as de Cristo) em 1375.

Caminhamos subindo e descendo as íngremes vielas medievais em Siena.

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