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CADERNOS DE VIAGEM

EUROPA - Portugal

Almendres

Depois pegamos o carro para um circuito megalítico eborense. Primeiramente vimos o menir de Monte dos Almendres, datado do Neolítico Antigo ou Médio, situado a uns 2 km em estrada de terra, partindo da vila de Guadalupe. Chegando a um clarão na estrada, toma-se uma trilha delimitada por uma cerca de arame em quadro e em terreno muito irregular por mais uns 200 metros até o menir.

Tem formato ovóide alongado e exibe na parte superior um báculo gravado em baixo-relevo. Ele indica a direção de nascimento do Sol no solstício de verão. O acesso a ele é por uma estradinha de terra e, depois, por uma trilha de cerca de 100 m de extensão, já erodida na parte central e ladeada por cercas.

Em seguida, avançando-se de carro um pouco mais na estradinha de terra, chega-se a outro estacionamento, distante uns 200 m do cromlech de Almendres. Ele foi erguido há cerca de 7.000 anos e é popularmente conhecido por Alto das Pedras Talhas.

Ele tem forma circular, naturalmente, demarcada por menires de cerca de 2 metros de altura. Alguns ainda exibem gravações, normalmente motivos geométricos.

Nele fomos abordados por um casal da nossa idade, que nos perguntou se falávamos inglês. Eram holandeses. Acho que já estavam sem assunto de conversar entre si. Ficamos lá quase meia hora de papo. Assim que nos despedimos e os deixamos comer as frutas que trouxeram, saímos. Passamos por duas francesas, mãe e filha, que havíamos cumprimentado no estacionamento do menir anterior. Como já havíamos identificado lá a naturalidade delas, soltei um "au revoir". Quase imediatamente a moça perguntou em inglês se éramos brasileiros. Quêêê? Como descobriram? Ela contou que gostava mais do nosso sotaque quando falávamos o Português. Contou que trabalha na área de negócios internacionais e tem contato com brasileiros. Teceu milhões de elogios a nosso modo de ser, à nossa boa vontade em entender os outros ... e por aí vai. Contou que era da Córsega e um monte de coisas sobre os franceses.

Enquanto conversávamos com as francesas, os holandeses se foram. Mas ele dirigia tão devagar que o ultrapassei na estrada de terra. Acenei e acho que ele nos reconheceu, pois acenou de volta. Mas depois deve ter ficado espumando, pois com a experiência de fazendeiro goiano, eu mandei ver na estrada de terra, presenteando-o com uma cortina de poeira.

Segue para Valverde ...

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