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CADERNOS DE VIAGEM

EUROPA - Portugal

Amarante

De Penafiel seguimos para Amarante, para conhecer o Convento de São Gonçalo, que este santo fundou às margens do rio Tâmega. Nessa igreja está o santo enterrado numa capelinha à direita do altar-mor. Em outra capelinha à esquerda do altar, u'a monja.

Ele fica ao lado de uma estreita ponte sobre o rio, que substitui uma que dizem sido também construída por ele, por intercessão junto aos senhores da vila.

No rio Tâmega, bem raso neste trecho, jovens se divertiam em pedalinhos.

Sobre o rio, uma ponte antiga, de pedra. Tal ponte foi defendida com valentia durante 14 dias pelas tropas do general Francisco da Silveira Pinto da Fonseca Teixeira, por monges e por populares, contra o exército francês. Ainda hoje se vêem as marcas das balas nas paredes do Mosteiro de São Gonçalo e nas pirâmides que ladeiam a ponte sobre o rio Tâmega.

Um trecho do Caminho Português de Santiago passa por Amarante e a fama de santidade de Gonçalo foi atraindo cada vez mais peregrinos.

A atual igreja é grande, mas não é suntuosa. Em suas paredes externas há sinais da balas das tropas de Napoleão, que por diversas vezes tentaram tomar a ponte aos portugueses.

Ao lado do convento está a Igreja de N. Sr. dos Aflitos, vulgarmente chamada de igreja de São Domingos, construída em 1722. Trata-se de uma igreja pequena, com retábulos em estilo barroco e um órgão de tubos instalado no coro alto. Essa igreja foi transformada em museu, para salvaguardá-la.

Da tradição pré-napoleônica são as figuras do casal de diabos em madeira, hoje expostas no Museu Municipal Amadeu de Sousa Cardoso.

Almoçamos na cidade, refeição abundante e barata num restaurante pendurado sobre o rio. Depois, numa doçaria próxima, compramos alguns doces locais: coisas como crista de galo, tijelinhas de laranja, pitos de Santa Luzia, covilhetes etc.

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