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CADERNOS DE VIAGEM

EUROPA - Portugal

Guimarães

Em seguida, fomos a Guimarães (uilla Vimaranes, ou vila de Vímara, chefe militar suevo), tida como o Berço de Portugal, hoje patrimônio cultural da Humanidade.

Entramos pela moderna alameda Alfredo Pimenta, cuja ilha central é pontilhada de fontes de água.

Deixamos o carro perto do castelo e acompanhando as muralhas do antigo burgo chegamos à alameda de São Dâmaso, um parque em tudo parecido com nossas praças públicas. No final dela fica o Centro de Turismo.

Seguindo na mesma direção, chegamos ao Toural, praça que no passado foi local de feira de gado e corridas de touro. Hoje tem casarios bem conservados e a basílica de São Pedro.

Almoçamos neste local e embrenhamo-nos pela cidade velha. Estivemos no Largo da Oliveira, sítio da igreja de N. Sra. da Oliveira e do Museu Alberto Sampaio. Defronte à igreja está o Padrão do Salado, mandado construir por D. Afonso IV em celebração da vitória na batalha do Salado, em 1340, na qual portugueses e castelhanos venceram o rei berbere de Granada e os benimerines do Marrocos. A igreja da Oliveira é da Idade Média, mas segundo alguns autores, já em 471 havia nas imediações um templo consagrado a N. Sra.

Dali fomos à praça São Tiago e subimos pela rua de Santa Maria, na qual há uma pequena capela do Senhor dos Passos, mostrando a Paixão de Cristo, ereta em 1727 pela Irmandade de N. Sra. da Consolação. Ele era parte de um conjunto de oratórios, dos quais só subsistem 5 na cidade.

A rua de Santa Maria é a mais antiga da vila, como atestado em documento do século XII. Ao longo dela estabeleceram-se famílias importantes da cidade. Ali estão a Casa dos Valadares, a dos Peixotos, a Casa dos Arcos, a dos Braganças de Cete etc. Também o convento de Santa Clara foi erguido nessa rua e atualmente funciona como Câmara Municipal.

Conhecemos a igreja da Misericórdia. A seu lado está a Casa do Despacho, onde em 1587 instalou-se a Irmandade da Misericórdia e, a partir de 1606, funciona nela um hospital.

A Confraria da Misericórdia, guardiã da igreja, foi fundada pela rainha D. Leonor e é a origem das Santas Casas onipresentes do mundo lusitano. A de Guimarães é de 1611.

Na mesma praça da Misericórdia fica a Casa dos Coutos, palacete ocre de três andares mandado construir pelo arcebispo D. José de Bragança (filho ilegítimo do rei D. Pedro II) na ocasião de uma crise do cabido contra ele. Nessa casa ficaram detidos 17 cônegos revoltosos. Nela hoje funciona a Corte de Apelação da comarca.

Seguimos para o Paço dos Duques de Bragança, mandado construir por D. Afonso, primeiro duque de Bragança, filho bastardo do rei D. João I e casado com Beatriz Pereira, filha única do condestável Nuno Álvares Pereira. Ele foi terminado por D Fernando, segundo duque de Bragança. Com a mudança do ducado para Vila Viçosa, o palácio entrou em decadência.

Recentemente, o palácio foi recuperado e decorado com ricas tapeçarias e móveis, no intuito de recriar a atmosfera da época. Pode-se visitar o salão de jantar, sala de armas, salão nobre e quartos, além da refinada capela existente no paço, toda em madeira, inclusive os baixos coros laterais.

Dali rumamos para a vizinha capela românica de São Miguel, onde, segundo a tradição, foi batizado Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal. A capela é pequena. À esquerda da entrada está a pia batismal onde o futuro rei teria recebido a água do batismo. O chão da nave central está repleta de lápides com os restos de guerreiros da Pátria.

Do castelo, fomos à fortaleza, mandada construir por D. Mumadona, viúva de Hermenegildo Mendes, senhor da região. Hoje só ruínas das paredes. Ali teria nascido Afonso Henriques. Em seu interior, alguns falcões e açores eram exibidos por um pequeno grupo tradicional vimarianense.

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