Dia 23 de junho, domingo. Deixamos Braga via Póvoa de Lanhoso, em direção a Terras de Bouro. Mas nos perdemos e fomos dar a Bouro de Santa Marta. Corrigimos o percurso e fomos para lá, ultrapassando a cidade até alcançar a vila de (São Sebastião?), um alto sítio na serra do Gerês. Por ser domingo e os povoados estarem vazios, pensamos que todos haviam ido à missa, o que foi confirmado por um grupo bem grande que de repente saiu da igreja e começou a subir o morro.
A vista de lá mostra um Portugal bem rural, com inúmeras quintas, embaladas pelos trinado dos pássaros.
Fomos até lá porque nos disseram que veríamos fojos de lobos e silhas de ursos. Mas o caboclo a quem perguntamos não tinha a menor idéia do que se tratava. Mais tarde achamos a resposta. Fojo de lobo é uma armadilha para lobos, seja um simples buraco no chão, seja um círculo de pedras em que se amarra um cabrito ou carneiro no centro, a título de isca. Quando o lobo ataca, é também atacado. Já a silha de urso é um grande bloco de granito com as paredes íngremes nas quais o topo é aplainado e nele criadas colméias. Assim, elas podem ir e vir à vontade catando pólen e os ursos não conseguem escalar o bloco de pedra para pegar o mel. Os homens usam escadas.
Seguimos via Vale Verde, um caminho bastante tortuoso entre altas montanhas cobertas de videiras, algumas casas e hórreos.
Segue para Viana do Castelo ...
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