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CADERNOS DE VIAGEM

EUROPA - Portugal

Lamego

Dali fomos a Lamego. Visitamos a vetusta Sé, cuja edificação foi iniciada na segunda metade do século XII, hoje junto ao largo de Camões.

Aproveitei para ver ao lado dela o Arquivo Eclesiástico, pois os livros da diocese não foram recolhidos a um arquivo público. Mas lá a pesquisa é sempre paga.

Pensamos em ir ao castelo, muito alto sobre u'a montanha vizinha. Mas soubemos que estava fechado, em reforma.

Da Sé caminhamos pela praça, contornando as obras, chegando ao pé da escadaria do Santuário de N. Sra. dos Remédios, sobre o monte Santo Estêvão. Eu havia comido muito e não me animei a subi-las. São uns 800 degraus, divididos em 9 lances de escadas em par. Mas a Mithiko foi.

Cada patamar é decorado com azulejos com motivos marianos, auxiliados de fontes de água, obeliscos, estátuas religiosas ou não e capelas. No topo, um santuário grande, imponente.

Quando a Mithiko desceu, fomos de carro até o tal santuário, pois me bateu curiosidade. É uma igreja grande, mas de arquitetura recente (as torres, por exemplo, são do século XX). Diante dela uma esplanada pequena, com estátuas. Diante, a escadaria que vai à cidade.

Lá no alto, compramos um pouco de cerejas. O vendedor queria que eu levasse alguns quilos dela, mas compramos cerca de 500g, pois não tínhamos onde guarda-la no hotel. Muito saborosas.

Há alguns casarões antigos, mas como já se fazia tarde, não os visitamos.

Dali fomos conhecer, ainda em Lamego, a mais antiga igreja documentada em Portugal: a capela de São Pedro de Balsemão, dita do período visigótico (século VII). O acesso é por uma estrada de uma só mão, imprensada entre o morro e o despenhadeiro que contém o rio Balsemão, que tinha em suas entradas um tom verde claro, talvez por ajuntamento de algas nelas.

Apesar da propaganda de ser visigótica, sua origem é mais antiga, pois ali foram encontradas lápides de culto ao Divino César (datado de 43 d.C.) e a deuses pagãos, assim como lápides funerárias romanas.

De sede paroquial na época romana, foi degradada a curato da Sé de Lamego.

De qualquer forma, ali estão peças de pedra com desenho de estilo visigótico (suásticas de formas curvas e espirais). Parece que o templo foi depois reconstruído no século X, na época da reconquista, aproveitando essas lápides mais antigas.

Nela está enterrado o bispo do Porto, D. Afonso Pires (século XIV). Ele escolheu ser sepultado ali em honra a Santa Maria, cuja consagração em 1362 se encontra assinalada junto ao arco triunfal. Uma curiosidade na tumba do bispo é que lhe falta inscrições em uma das faces da sepultura, porque originalmente o jazigo ficava junto a uma parede e, portanto, dispensava gravações e textos.

Na entrada da capela mor e nas paredes do coro ainda se pode ver a estrutura original do templo. E há ainda pequenas porções de pinturas medievais em algumas paredes.

PS: não se pode fotografar nem filmar no local.

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