A próxima parada foi em Nazaré. Uma cidade que se divide entre a zona muito alta e a zona praiana.
O santuário está na zona alta. Tem estilo barroco e é muito bonito, mas menor que nossas expectativas. O altar mor ostenta um retábulo de talha dourada, com colunas de mármore. Nele está exposta a imagem de N. Sra. da Nazaré. Pode-se ascender à imagem por escadas que começam na sacristia e levam a bem juntinho da imagem. É uma imagem já envelhecida e que originalmente era venerada numa ermida que existe do outro lado da praça defronte à igreja, junto aos muros. Como curiosidade, os portugueses a chamam de N. Sra. da Nazaré e não de Nazaré, como nós.
Na Tribuna encontra-se uma pintura alusiva ao milagre do aparecimento de N. Sra. a D. Fuas Roupinho. Conta-se que em 1182, enquanto perseguia um veado que subitamente desapareceu no promontório sobre o mar, o cavalo avançou além do limite de segurança e ficou com as patas dianteiras no ar, prestes a cair no mar, de uma altura de 50 metros. D Fruas imediatamente pediu auxílio à Virgem e logo o cavalo recuou para terreno firme. Nesse mesmo sítio, D. Fruas mandou erigir a Ermida da Memória, que por ser vista do mar, tornou-se fonte de pedidos de proteção pelos pescadores.
A propósito, tais muros têm banquinhos que permitem apreciar ao norte o mar quebrando nas pedras da montanha sobre a qual esta área se assenta, e ao sul, as calmas praias de areias finas e águas frias e verdes-garrafas, carregadas de iodo. Cerca de 150m de altura separam a praça da praia. É o chamado Miradouro de Suberco. Um funicular liga a zona praiana ao Suberco.
Nas praias da região aparecem em determinada época do ano as ondas gigantes, que deliciam surfistas de todo o mundo.
Na praça está o Padrão Vasco da Gama, um marco de pedra evocando a visita que o navegador fez à ermida antes e depois de sua viagem às Índias.
Nos dias de festas, a população se mete em vestes tradicionais, geralmente negras e graves. Os homens com gorros que lhes caem aos ombros, as mulheres com uma capa que saem do chapéu até o meio das canelas, sobre pobres vestidos do quotidiano. Uma e outra vestimenta evoca o clima frio do período.
Segue para Fátima ...
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