Daí saímos para Peniche, uma cidade à beira-mar. Visitamos a fortaleza, um tanto desprovida, mas que oferece uma bonita vista do mar batendo nas pedras. Ali ainda se conserva uma insólita latrina coletiva a céu aberto.
A fortaleza abrigou uma prisão na época salazarista. Dela fugiu o comunista (Luís da Costa?), prisioneiro do regime, atirando-se ao mar e nadando para as praias desertas. Uma espécie de Papillon local.
Nos subúrbios de Peniche está o farol do cabo Carvoeiro. Um vento fortíssimo e frio, a despeito do sol. O mar arremessava suas águas violentamente contra as falésias. Ao longe, as silhuetas das ilhas Berlenga, que no passado hospedava um mosteiro para onde íam os frades viver longe da civilização. Depois ali houve uma fortaleza e hoje apenas um restaurante. A área é hoje patrimônio ecológico e há balsas para lá, saindo do centro de Peniche.
Um pouco mais adiante, fica a Cruz dos Remédios, que foi encontrada naturalmente esculpida em uma pedra e que depois reproduzida em diversas outras pedras, de modo padronizado. Obviamente continuava o vento gelado e forte.
Acompanhando a costa chega-se a uma praia possivelmente utilizada, pois ali há vários hotéis e apartamentos pequenos, mas elegantes.
Tínhamos programado uma visita à gruta da Furninha, fustigada pelo mar nas épocas de ressaca. Ela já era ocupada por neandertais que viviam em Portugal. Ali foram encontrados ossos de cerca de 140 pessoas, inumadas em diversas épocas. Em um dos crânios há sinal claro de trepanação, a mais antiga em solo português. mas fomos desaconselhados da visita, pois ela hoje é pouso de pescadores e talvez a higiene do local não fosse a mais adequada para receber visitantes.
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